No ultimo ano e particularmente no início deste, estamos sendo assolados com notícias preocupantes com relação à crise da água, tanto para necessidades básicas bem como para a produção de energia, entre tantos outros fatos desalentadores que assolam o Brasil.
A todo o momento estamos sendo bombardeados com notícias sobre o problema da falta d’água, que é grave, seríssimo e requer medidas multidisciplinares, entre agências, e agora entre estados federados. Estamos vendo o cronômetro marcar a cada dia menores quantidades de água nos reservatórios, antevendo uma catástrofe anunciada, que poderia ter sido gerida tecnicamente, sem ter que ouvir uma autoridade de alto escalão dizer que devemos ter em mãos uma canequinha ou nos mudarmos pra casa de parentes em outras regiões mais favorecidas; quer me parecer razoável crer que o governo tá mal de quadro, ou mal na fita, como dizemos.
Esse problema da escassez de água, não é novo, já havia estudos desde 2002, informando que teríamos essa tragédia, se medidas não fossem tomadas, que incluía, entre outras de curto, médio e longo prazo, maior oferta de água, face ao crescente populacional, , no tocante à imperiosa necessidade de termos iniciado racionamento, face ao problema que se anunciava, educação da população no tocante ao uso racional desse recurso, como consumo consciente, preservação de nascentes, poluição, reuso, mediante as mudanças climáticas que estão acontecendo. Ao mais desavisado cidadão, se indagado ele irá observar que houve uso eleitoreiro de gestão.
O novo código florestal, aprovado recentemente, nos brindou com menores restrições com relação às faixas de proteção de APP, o que contribuirá ainda mais para aprofundar o problema, salvo mau juízo meu. O arcabouço existente na legislação, trazendo conflitos sobre o entendimento de rios federais, bacias, vazões, competências de agências, etc., só faz agravar ainda mais o problema, podendo trazer embates entre três estados.
As medidas de curto prazo pensadas, mas ainda não anunciadas, nem descartadas, como um racionamento drástico, como já ventilado extra oficialmente, como sendo de quatro dias sem, por dois dias com água, parece plausível na região metropolitana, pois medidas de médio prazo, exigem tempo de mais de ano, tempo esse que não se tem.
Enquanto isso, o que nos cabe é fazer a nossa parte, ou seja, economizar tanto quanto possível. A propósito, lembro-me do meu curso de Gestão em Saneamento Ambiental, uma célebre frase muito corrente no decorrer do curso que é a seguinte: Mudanças de Paradigmas!
À época soava um tanto incompreensível entender isso…Agir localmente para mudar globalmente. Quantas discussões acaloradas tivemos sobre e com isso, durante todo o curso. Campanhas podem e devem ser feitas para se atingir um objetivo, quer seja contornar uma crise como a que estamos vivendo, medidas emergenciais, circunstanciais, plenas, de qualquer natureza podem e devem ser implementadas a curto, médio e longo prazo; entretanto a de maior eficácia é a mudança interior, dentro de nós, dentro de nossas casas, essa é mais difícil de se conseguir; tentemos implementá-la, a isso chamamos de Mudanças de Paradigmas!
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