Desde há muito estamos percebendo alterações no clima do planeta; especialmente no regime de distribuição de chuvas e na temperatura, que são as variáveis que incidem no nosso cotidiano. Lembremos que há pouco tempo atrás, Santa Catarina sofreu um mini Tornado, fenômeno esse que sempre esteve bem longe daqui, apenas ficávamos sabendo pela tv. Alternância de períodos de intensas e longas precipitaçãoes com secas extremas, como a que assolou a região norte há coisa de poucos anos atrás, parece estar se repetindo. Esses fenômenos tendem a ser cada vez mais próximos e mais intensos, segundo os cientistas. Esse ano, a distribuição de chuvas na região sudeste bateu todos os recordes, especialmente se levarmos em conta que o mês de agosto, pelo menos até onde sei nunca foi época de chuvas, o que as pessoas mais velhas podem corroborar, sendo que tivemos pelo menos 10 dias de chuvas nesse mês em nossa região. Esse regime de chuvas diferenciado, junto com flutuações na temperatura média, está provocando mudanças nas épocas da floração das plantas e o que é mais grave, muitas floradas estão abortando. Tenho percebido esse fato no meu trabalho de coleta de sementes de plantas nativas; para muitas espécies não foi possível encontrar sementes.
Vejamos o caos em que mais de 150 municípios do Rio Grande do Sul estão submetidos em situação de calamidade pública, por inundações sem precedentes, sendo que recentemente, a decretação de calamidade fora devido à seca extrema, fato esse verificado no vizinho Uruguai e na Argentina no ano passado.
Esses fenômenos que estão ocorrendo cada vez menos espaçados e com maior intensidade, guardam uma relação bastante estreita com a economia mundial, onde muitos interesses conflitantes serão contrariados, e por essa razão não devem ser esperados resultados animadores no curto prazo. Oxalá, que do encontro do COP-15, o bom senso impere e possamos respirar outros “ares”.
A questão é muito séria mesmo… Já passei por tempos de enchente em minha cidade (União da Vitória) e sei muito bem como é dificil reconstruir depois. As mudanças de tempo estão cada vez mais violentas, causando destruições. Precisamos nos conscientizar que somos responsáveis por muitas dessas catástrofes.