No limiar do século 21, com notícias tão alvissareiras com respeito à novas tecnologias que propiciam ao homem inimagináveis incrementos para o aumento da longevidade; descobertas de novos planetas com potencial para vida fora da terra ou quem sabe, mesmo a descoberta de vida inteligente, o que acredito piamente e aqui fica a pergunta. Será que somos apenas nós no universo?
A cada dia estamos vendo novas maravilhas da nano tecnologia, que nos permite viajar pelo interior de nossas entranhas e fazer intervenções cirúrgicas reparadoras e quantas outras benesses hão de vir, de modo que nem podemos imaginar. Ao mesmo tempo que fazemos descobertas sem precedentes em todas as áreas da ciência, ainda morremos de tuberculose, malária, mal de chagas, dengue, lepra e outras endemias que acometem os menos privilegiados do mundo. E aqui fica outra pergunta: quem se importa com as doenças dos pobres do mundo? Ninguém tem interesse em pesquisar essas mazelas, recebemos migalhas em valores dos ricos para pesquisar essas doenças; isso vem de longe, não há interesse nisso. Não há retorno financeiro em remédios no terceiro mundo, mas quem sabe vidas não se perderão.
De acordo com o relatório da Dra Mary Moran, do George Institute for National Health da Austrália, cerca de 3 bilhões de dólares foram gastos só ano passado com produtos ou novos medicamentos para essas doenças sempre negligenciadas, ou quando não, dados financiamentos caridosos para países pobres; dessa vez está havendo pesquisa e desenvolvimento por um mercado internacioanal e doméstico para diminuir essas mazelas endêmicas que nos afligem sobremaneira.
O Brasil e a Índia assumiram a liderança em lepra e dengue, e com a África do Sul, financiaram grande parte da pesquisa sobre meningite e pneumonia.
Os americanos seguem sendo, de longe, os maiores apoiadores. Entre eles, o Instituto Nacional de Saúde e a Fundação Bill e Melinda Gates ofereceram quase 60% dos financiamentos.
No total, o governo dos Estados Unidos proporcionou US$ 1,3 bilhão; a Comissão Européia concedeu cerca de um décimo desse valor. A Inglaterra vem em terceiro, seguida pelo Brasil, Índia, França, Holanda, Espanha, Suécia, Austrália, Canadá e Noruega.
Excetuando-se os financiamentos não governamentais, a indústria farmacêutica coletivamente, foi a terceira fonte de recursos, depois do Instituto de Saúde e da Fundação Bill e Mellinda Gattes.
Apenas três doenças ( Aids, malária e tuberculose ) levaram 73% dos financiamntos em pesquisas; fato esse que é digno de notoriedade; quiçá o ser humano esteja fazendo com que as distâncias entre ricos e pobres fique cada vez menores e estejamos olhando para o nosso interior.
Fatos como esse me fazem acreditar na solidariedade humana. Oxalá não nos dispersemos. ( Ambiente Brasil )
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